quarta-feira, 25 de julho de 2007

Hidroelétricas do Rio Madeira põe em confronto dois gigantes da construção

* Dois dos maiores grupos da construção pesada, Odebrecht e Camargo Corrêa, entraram em confronto aberto após décadas de convivência e composição para disputa por obras em todo o país - uma prática comum no setor.

O alvo da discórdia são as bilionárias hidrelétricas do rio Madeira, Santo Antonio e Jirau, estimadas em US$ 13 bilhões, o maior empreendimento nacional desde Itaipu e o maior projeto hidrelétrico do mundo em andamento.

Os dois grupos, e outros da construção pesada, sempre estiveram lado a lado nas concorrências ou se compuseram depois, dividindo os empreendimentos em partes. Isso ocorreu, por exemplo, com a usina de Itaipu, aeroportos e o metrô de São Paulo, e principalmente quando o dono da obra era governo.

Mas, agora, o valor do projeto e o favoritismo da Odebrecht trouxeram a disputa à tona.

A construtora baiana vai ao leilão associada a Furnas, com quem realizou estudos de viabilidade econômica.

Um termo de compromisso entre Odebrecht e a estatal impede que todas as empresas do grupo Eletrobrás e a própria holding se associem a outros consórcios, mesmo se perderem a licitação.

A Camargo Corrêa diz ter pareceres de juristas renomados concluindo que esse acordo é ilegal.

"Ele privilegia um participante em detrimento de outros, uma vez que o peso do Estado é decisivo nesse caso", afirma João Canellas, diretor da Amel, empresa criada pela Camargo para ser núcleo de um consórcio privado na licitação.

Os pareceres foram enviados à ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil, e ao Ministério das Minas e Energia.

"Não sendo acatados na esfera do leilão, poderão ser levados à esfera judicial, uma vez que o acordo está eivado de irregularidades", diz.

A Odebrecht vê as críticas adversárias como "chororô" de quem não acreditava no projeto, chegou atrasado e agora quer se aproveitar dos frutos de quem acreditou e investiu antes da hidrelétrica se mostrar viável.

"A associação era de conhecimento público desde 2005 e não foi questionada por ninguém até recentemente, porque não acreditavam que a obra fosse sair do papel um dia", disse um executivo da Odebrecht.

O governo chegou a anunciar que Furnas não iria ao leilão com a Odebrecht, mas voltou atrás e até agora não conseguiu uma saída para livrar-se do contrato.

(Valor Econômico - Sinopse Radiobrás)

sábado, 21 de julho de 2007

Maurício Tolmasquim: Custos de usinas do Madeira podem cair R$ 2,5 bilhões

* Para EPE, custos de usinas do Madeira podem cair R$ 2,5 bilhões, diz Maurício Tolmasquim.

(Valor Econômico - Sinopse Radiobrás - 20-07-07)

domingo, 15 de julho de 2007

Entraves jurídicos e ambientais atrasam obras de usinas capazes de produzirem 5.754 MW

* O governo festeja a licença para a construção das hidrelétricas do Rio madeira, mas entraves jurídicos e ambientais atrasam obras de uma série de usinas menores.

Elas somam 5.754MW, quase a potência do complexo do Madeira.

Outra opção contra o risco de apagão é a energia obtida a partir dos ventos - que, para especialistas, teria explosão de investimentos se houvesse incentivos.

(Estado de São Paulo - Sinopse Radiobrás)

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Bolívia reclama: Seria afetada pela construção das usinas no Rio Madeira

* Chanceler boliviano diz que país será afetado pela construção de usinas no Rio Madeira e pede reunião com governo Lula.

(Correio Brasiliense - Sinopse Radiobrás)


* Bolívia reclama das usinas no Rio Madeira

O Itamaraty confirmou ter recebido carta na qual o governo da Bolívia cobra explicações sobre as duas usinas hidrelétricas que o Brasil pretende construir no Rio Madeira.

No documento, assinado pelo chanceler David Choquehuanca, o governo do país vizinho se diz contrariado com a concessão de licença ambiental para as usinas e pede que uma reunião de emergência seja organizada para discutir o assunto.

O texto lamenta que o Brasil tenha decidido erguer as hidrelétricas "sem ter realizado análises de impactos ambientais, sociais e econômicos que levem em conta o afluente do Rio Madeira que fica em território boliviano".

O texto foi divulgado para jornalistas em La Paz antes mesmo de chegar a Brasília, o que foi interpretado no Itamaraty como um sinal de que o governo de Evo Morales pretende explorar politicamente o caso.

A intenção dos diplomatas brasileiros é dar tratamento técnico ao assunto.

(Estado de São Paulo - Sinopse Radiobrás)

quarta-feira, 11 de julho de 2007

HIDROELÉTRICAS DO RIO MADEIRA NECESSITARÃO DE 2.450 KMs DE LINHA DE DESTRIBUIÇÃO

* A distribuição para os grandes centros de consumo do país da energia a ser gerada pelas usinas hidrelétricas do rio Madeira (RO) depende de uma obra que, apesar de fazer parte do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), ainda não saiu do papel.

Trata-se de uma linha de transmissão de 2.450 quilômetros que ligará Porto Velho (RO) a Araraquara (SP) e tem custo estimado entre R$ 7 bilhões e R$ 9 bilhões.

Ela deverá ser licitada para a iniciativa privada, que poderá se associar a estatais até o limite de 49%.

(.Folha de São Paulo - Sinopse Radiobrás.)

terça-feira, 10 de julho de 2007

HIDROELÉTRICAS DO MADEIRA SERÃO CONSTRUÍDAS APESAR DO AMBIENTALISMO

* O governo federal finalmente derrotou os ambientalistas e arrancou a licença - com 33 ressalvas - para a construção das usinas hidrelétricas do Rio Madeira (Santo Antônio e Jirau), obras consideradas estratégicas.

A licitação para escolher a construtora será em outubro.

(Jornal do Brasil – Sinopse Radiobrás)


* Ainda em meio à greve de seus funcionários, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) concedeu ontem licença prévia para a construção de duas hidrelétricas do rio Madeira, em Rondônia.

O governo diz que as usinas evitarão uma crise no abastecimento de energia elétrica no país a partir de 2012.

A licença do Ibama abre caminho à realização dos leilões para as empresas dispostas a construir e operar Santo Antônio e Jirau.

Segundo o ministro interino de Minas e Energia, Nelson Hubner, as condições impostas pelo Ibama não comprometem a obra:

"Nem aumenta o custo, nem inviabiliza o investimento". As regras do leilão ainda não estão definidas e serão colocadas em consulta pública antes de serem oficializadas.

(Folha de São Paulo - Sinopse Radiobrás)